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Com o agravamento da estiagem e o aumento do risco de queimadas no Estado de São Paulo, a Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), anunciou um investimento de R$ 11 milhões na Operação SP Sem Fogo em 2025. O objetivo é intensificar a prevenção e o combate a incêndios nas Unidades de Conservação (UCs) por meio de tecnologia, reforço de equipes e estratégias integradas de monitoramento e resposta.
Entre as ações previstas estão a aquisição de equipamentos como motobombas, mochilas costais, ferramentas multifuncionais e tanques flexíveis de grande capacidade para abastecimento em regiões de difícil acesso. A operação também foi reforçada com a contratação de 57 bombeiros civis e o apoio de uma frota composta por caminhões-pipa, quadriciclos, veículos leves e caminhonetes com motobombas.
O monitoramento foi modernizado com o uso de dois sistemas por satélite capazes de detectar focos de calor em tempo real, integrados às plataformas SMAC (Sistema de Monitoramento e Alerta Climático) e PANTERA. Esses sistemas cruzam dados meteorológicos com informações sobre vegetação e histórico de queimadas, gerando alertas com até 24 horas de antecedência. A atuação é complementada por drones com câmeras térmicas, que ajudam a identificar focos de incêndio mesmo em áreas de mata densa ou no período noturno.
A coordenação da resposta ocorre na Sala SP Sem Fogo, instalada pela Defesa Civil, que reúne informações em tempo real e promove integração entre os diferentes órgãos envolvidos. A Fundação Florestal também tem capacitado suas equipes por meio de oficinas regionais, com a participação de cerca de 3 mil agentes, e treinamentos específicos em Sistema de Comando em Emergência (SICOE).
O modelo de enfrentamento aos incêndios adotado pelo Estado combina vigilância constante, tecnologia de ponta e atuação coordenada entre forças terrestres, aéreas e digitais. Além disso, a Fundação aderiu à Ata de Registro de Preços para o uso de aeronaves de asa fixa e firmou contratos com helicópteros para o transporte de equipes e apoio em áreas de difícil acesso.
De acordo com o diretor-executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, os investimentos refletem a estratégia do governo paulista de garantir a proteção do patrimônio ambiental por meio de ações preventivas e reativas. “A combinação de inteligência climática, presença territorial, capacitação contínua e tecnologia de alta precisão é o que nos permite proteger de forma mais eficaz nossos patrimônios naturais e também as zonas de amortecimento que ficam no entorno”, destacou.
No ano passado, o investimento da Fundação Florestal em ações de combate ao fogo foi de R$ 18 milhões. Mesmo após incêndios criminosos, como os registrados na Estação Ecológica do Jataí, foi possível observar regeneração natural da vegetação, graças à rápida atuação das equipes e à resiliência dos ecossistemas protegidos.