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O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tomou posse reafirmando o compromisso de reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso ao atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, ocorrida ontem (10), ele destacou que essa será uma prioridade diária de sua gestão.
“Não há solução mágica para um problema que se agravou com a pandemia e o descaso do governo anterior. Mas, como aprendemos com o presidente Lula, diante da dificuldade, a gente teima, insiste e faz”, afirmou. Padilha enfatizou que o objetivo é evitar que trabalhadores fiquem sem sustento por falta de exames acessíveis e que famílias enfrentem longas esperas para diagnósticos essenciais, como o de câncer.
Enfrentamento ao negacionismo e fortalecimento da ciência
Padilha criticou o negacionismo e defendeu o papel do SUS na proteção da população. “Negacionistas têm as mãos sujas com o sangue daqueles que partiram na pandemia. Este governo não permitirá que a indiferença e o desprezo pela vida voltem a colocar os brasileiros em risco”, declarou.
Entre as diretrizes de sua gestão, ele destacou a ampliação das campanhas de vacinação, o combate a doenças tropicais como dengue e malária e o investimento em novas tecnologias para aprimorar o atendimento na rede pública.
Novo modelo de financiamento do SUS
Outro desafio assumido pelo ministro é a reformulação do modelo de financiamento do SUS. Ele defendeu o fim da atual tabela de remuneração e a adoção de um sistema que valorize estados, municípios e hospitais que garantirem atendimento mais rápido e de qualidade.
“Vamos superar esse modelo ultrapassado e criar uma política que premia quem atende no tempo certo. Não há solução simples, mas há determinação para enfrentar esse desafio”, afirmou.
Valorização dos profissionais da saúde
Padilha ressaltou a importância da qualificação e valorização dos profissionais da saúde para garantir um atendimento eficiente. Ele anunciou parcerias com universidades e centros de formação, além do fortalecimento da cooperação com instituições internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Aqui vocês têm um ministro e um presidente que dizem sim à ciência, sim às campanhas de vacinação e sim ao fortalecimento do SUS”, declarou.
SUS como motor de inovação e desenvolvimento
O ministro também destacou o papel estratégico do SUS na inovação e no desenvolvimento do Brasil, citando a produção da vacina 100% nacional contra a dengue pelo Instituto Butantan como exemplo da capacidade do país de avançar na produção de imunizantes e tecnologias na área da saúde.
“A saúde não é apenas um direito do povo, mas um setor que impulsiona conhecimento, gera empregos e fortalece a economia”, pontuou.
Desafios da nova gestão
Ao encerrar seu discurso, Padilha destacou sua experiência como ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e secretário de Saúde de São Paulo como preparações para os desafios que terá à frente da pasta.
“Sei que não será fácil, mas quem aprendeu com Lula sabe que, diante de uma dificuldade, a gente teima, vai lá e faz. Quem ama o povo brasileiro nunca deixará de lutar por um SUS mais forte, ágil e humano”, afirmou.
Ele também elogiou sua antecessora, Nísia Trindade, por reconstruir políticas públicas essenciais, como a ampliação da vacinação e do programa Farmácia Popular. “O Brasil agradece a você e à sua equipe por substituir o negacionismo pelo compromisso com a saúde pública e a ciência”, concluiu.