André do Prado é reeleito presidente da Alesp com apoio amplo, incluindo oposição

O deputado André do Prado (PL) foi reeleito neste sábado (15), para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O resultado, que já era amplamente esperado, consolida sua influência no legislativo paulista e reflete o sucesso de uma articulação política que uniu aliados e até parte da oposição.

Com 88 votos favoráveis, André do Prado obteve o apoio de sua base tradicional, composta por bolsonaristas e petistas, além de figurar como aliado estratégico do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A votação ficou bem próxima da registrada em sua primeira eleição, em 2023, quando obteve 89 votos dos 94 parlamentares. A reeleição do deputado foi impulsionada por um acordo político que garantiu o respaldo de diversos partidos, com exceção do PSol, que apresentou a deputada Paula da Bancada Feminista como candidata, mas obteve apenas quatro votos.

O resultado da eleição também refletiu a estabilidade política na Alesp. Apenas dois parlamentares, Marina Helou (Rede) e Carlos Gianazi (PSol), não participaram da votação por estarem licenciados. Ao todo, 92 dos 94 deputados votaram, mostrando a coesão política que garantiu a reeleição de Prado.

Além de ser um aliado próximo de Tarcísio de Freitas, André do Prado foi o responsável por conduzir importantes projetos durante seu primeiro mandato, como a privatização da Sabesp e a PEC que permitiu a transferência de parte do orçamento da educação para a saúde, ambos de interesse do governo estadual.

O deputado também se posiciona como um potencial candidato para as eleições de 2026. Seu apoio a Tarcísio de Freitas pode abrir caminho para ele como vice do governador em uma possível reeleição ou até mesmo como candidato do PL ao governo de São Paulo, caso o atual governador decida disputar a presidência da República.

Com a reeleição de Prado, a Assembleia Paulista agora se prepara para a formação das comissões permanentes e para o debate sobre a distribuição de cargos na Mesa Diretora, que seguirá a lógica do tamanho das bancadas. As disputas internas para o preenchimento das vagas, no entanto, prometem agitar o legislativo nos próximos dias.