Arujá aposta no setor de tecnologia para ampliar arrecadação e mira orçamento de R$ 1 bilhão

Durante audiência pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, realizada no último dia 27 de maio, a Prefeitura de Arujá apresentou planos para impulsionar o desenvolvimento econômico do município por meio da instalação de um Polo Tecnológico e da atração de empresas do setor de tecnologia. A meta de longo prazo é alcançar um orçamento municipal de R$ 1 bilhão.

O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Finanças, Caio Cesar Vieira de Araújo, que destacou que a estratégia da atual gestão é fortalecer a arrecadação própria com foco na inovação. A projeção de arrecadação para 2026, segundo ele, é de R$ 760 milhões — valor abaixo de previsões anteriores, em função do cenário econômico nacional, considerado adverso.

“O Plano de Incentivo Fiscal, assim como as mudanças no Código Tributário, foram fundamentais para dar clareza aos empresários e mostrar quais são as áreas prioritárias para Arujá”, afirmou Caio, em resposta a questionamento do vereador Tiago Ursão (MDB) sobre as estratégias da administração para garantir o equilíbrio fiscal.

O secretário enfatizou que o município está adotando uma postura seletiva na atração de empresas, priorizando setores estratégicos que contribuam com o crescimento sustentável da cidade. “A aposta é a tecnologia. Não queremos qualquer empresa. Queremos colocar Arujá em outro patamar”, reforçou.

A presidente da Câmara, vereadora Profª Cris (PSD), afirmou que o Legislativo está alinhado à proposta e que devolveu cerca de R$ 430 mil aos cofres públicos, no primeiro trimestre deste ano, com o objetivo de contribuir com a implementação do Polo de Tecnologia.

O vereador Leandro Larini (PL), autor da proposta que criou a Semana da Inovação e da Criatividade de Arujá e do anteprojeto da Lei Municipal da Inovação, também destacou o papel do setor como vetor de desenvolvimento econômico e social.

A instalação do Polo Tecnológico é uma das prioridades listadas na LDO 2026, elaborada pela Prefeitura conforme prevê a Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orgânica do Município. O documento orienta o orçamento para o ano seguinte e apresenta, em seu anexo, as metas e prioridades de cada secretaria, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

O projeto de lei 14/2025, que trata da LDO, já passou por primeira discussão e votação na Câmara Municipal e está em fase de emendas parlamentares.

Durante a audiência, vereadores também abordaram temas como a entrega do novo hospital, ações voltadas à educação, descentralização da Escola 4.0, políticas para Pessoas com Deficiência, atrasos nos repasses federais de emendas impositivas e o Programa de Renda Mínima Municipal.

Participaram da reunião os vereadores Divinei (PL), Robertinho (PSD), Caio Mãos Solidárias (União), Professor Danilo (PSD) e Fabinho do INSS (PSD), além de Samoel Maia (Republicanos), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.