Estudantes participam de júri simulado sobre violência doméstica na Câmara de Arujá


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Imagem: Estudantes participam de júri simulado sobre violência doméstica na Câmara de Arujá. Publicado no Portal A+ | notícias de Arujá e região.

O plenário da Câmara Municipal de Arujá ficou lotado na noite de ontem (20), com a presença de cerca de 120 alunos de escolas estaduais do município, que acompanharam um júri simulado de tentativa de feminicídio.

A atividade, promovida pela Procuradoria Especial da Mulher, integra o projeto Justiça em Cena e faz parte da Semana Municipal de Conscientização sobre a Lei Maria da Penha, instituída por lei de autoria da presidente da Casa, vereadora Cristiane Araújo, a Profª Cris.

Durante a abertura, a parlamentar destacou a importância da conscientização e da rede de apoio às vítimas de violência.

“A Lei Maria da Penha completa 19 anos. Ela surgiu a partir da dor de uma mulher que sofreu agressões do marido e hoje vive em uma cadeira de rodas. Infelizmente, a lei ainda é necessária porque mulheres continuam sendo agredidas, violentadas e até mortas apenas por serem mulheres”, afirmou, citando o caso recente de uma mulher brutalmente espancada pelo namorado em um elevador.

Segundo o Mapa da Violência Pública de 2025, quatro mulheres são mortas por dia no Brasil, o que representa aumento de 0,69% em relação a 2023. Rio de Janeiro e São Paulo lideram as estatísticas. (Fonte: CNN).

O júri simulado

Na encenação, servidores do Legislativo assumiram papéis de defesa, acusação, testemunhas e até da imprensa. O presidente da OAB Arujá, Renato de Santos Gomez, atuou como juiz.

Estudantes e professores integraram o corpo de jurados, com nomes sorteados no início da sessão. Entre eles, representantes das escolas René de Oliveira Barbosa, Esli Garcia Diniz, Geraldo Barbosa de Almeida e Profª Ana Maria de Carvalho Pereira.

O caso fictício retratado envolvia um homem acusado de tentar matar a companheira e as duas filhas pequenas ao jogar gasolina sobre elas durante a madrugada. A tragédia só não se consumou porque o agressor saiu em busca de um isqueiro, tempo em que a vítima conseguiu pedir ajuda aos pais.

Ao final do julgamento, o réu foi considerado culpado e condenado a mais de 30 anos de prisão.

O exercício cumpriu o objetivo pedagógico: prender a atenção do público jovem e estimular a reflexão sobre a urgência do combate à violência doméstica.

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