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Começa nesta sexta-feira (28), em Parintins, no Amazonas, um dos maiores espetáculos folclóricos do Brasil: o Festival de Parintins, que coloca em cena o duelo cultural entre os bois Caprichoso e Garantido. Reconhecido internacionalmente, o evento mistura música, dança, alegorias e elementos da cultura amazônica, atraindo turistas e apaixonados por folclore de todo o país.
Mas essa tradição, tipicamente nortista, também encontrou espaço para florescer em Arujá, na Grande São Paulo. Desde o ano passado, eventos inspirados no Festival de Parintins têm sido realizados na cidade, com o apoio da Prefeitura Municipal. Em proporção menor, mas com o mesmo entusiasmo, essas celebrações mantêm viva a chama da cultura popular e da identidade amazônica.
Essa história, no entanto, começou bem antes — em 1999, quando a então professora de Arte Marize de Castro Manopeli plantou a semente do boi-bumbá na Escola Estadual René de Oliveira Barbosa. Em entrevista ao Portal A+, ela contou como iniciou um projeto pedagógico que acabou marcando gerações em Arujá.
O projeto se transformou em um verdadeiro movimento cultural dentro da escola. Durante anos, a reprodução de Caprichoso e Garantido mobilizou estudantes, professores e famílias inteiras. Hoje, mesmo fora do ambiente escolar, a lembrança daquelas festas ainda emociona quem participou.
Com o incentivo da gestão municipal, desde 2024 a cultura dos bois voltou a ganhar espaço em eventos públicos. Ainda que em menor escala, o espírito do Festival de Parintins continua presente em Arujá, como um reflexo de um trabalho educativo que ultrapassou os muros da escola.
A festa no Amazonas começa hoje com toda sua grandiosidade, mas aqui, a tradição também resiste — pulsando forte no coração de uma cidade que aprendeu a amar o som do tambor e a magia do boi.