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A Prefeitura de Osasco lançou, na última segunda-feira (25), o 1º Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) do município. O documento, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, foi apresentado em evento realizado no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Osasco (ACEO).
O inventário analisa as emissões registradas entre 2018 e 2023 em setores como transportes, resíduos, energia estacionária, uso e ocupação da terra e atividades produtivas. Nesse período, as emissões somaram cerca de 6,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e), com uma redução de 1,4% em relação ao início da série histórica.
Segundo os dados, o setor de Transportes responde por 42% das emissões, seguido por Resíduos (37%) e Energia Estacionária (21%). Já áreas protegidas e processos de regeneração da vegetação contribuíram para a remoção de aproximadamente 5,5 mil toneladas de CO₂ da atmosfera.
Em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19, houve queda de 6,8% nas emissões em relação a 2019, reflexo da redução da atividade econômica. Nos anos seguintes, o indicador voltou a oscilar, fechando 2023 com 1,047 milhão de toneladas, 3,2% a menos que em 2022.
O secretário de Meio Ambiente, Cláudio Henrique da Silva, ressaltou que o inventário fortalece a política ambiental do município.
“Hoje sentimos na pele os efeitos das mudanças climáticas. Esse documento é resultado de um trabalho coletivo e fundamental para planejar nossas próximas ações”, afirmou.
O vice-prefeito Lau Alencar, que representou o prefeito Gerson Pessoa, destacou a relevância da iniciativa.
“Cada vez mais precisamos de políticas que preservem e cuidem do meio ambiente. Esse é um passo importante nessa direção”, disse.
Para o diretor executivo do ICLEI, Rodrigo Corradi, o levantamento é estratégico.
“O inventário oferece dados científicos que permitem entender as tendências de emissões e traçar políticas de mitigação mais eficazes”, explicou.
A elaboração do documento foi possível com recursos do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, do Ministério do Meio Ambiente. A versão completa estará disponível em breve no site oficial da Prefeitura de Osasco.