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A moradora de Arujá, Adriana Norte, denunciou nas redes sociais o atendimento recebido no Pronto Atendimento (P.A.) Central da cidade durante a madrugada do último dia 22 de abril, quando levou sua filha, Maria Eduarda, com febre e sintomas compatíveis com dengue.
Segundo Adriana, a jovem aguardava atendimento desde às 3h da manhã, tendo sido medicada com dipirona e encaminhada para exames de sangue e urina. Durante esse período, a unidade sofreu uma queda de energia provocada por um acidente com um caminhão que derrubou uma árvore nas proximidades. A moradora relatou que o gerador da unidade não foi suficiente para manter os equipamentos em funcionamento, o que atrasou ainda mais o atendimento. O novo exame de sangue só foi coletado às 7h da manhã.
“Minha filha ficou horas esperando, com febre, sem diagnóstico preciso. Saímos de lá sem uma confirmação, apenas com a suspeita de dengue, indicada pela Dra. Bárbara Rodrigues, que foi muito atenciosa”, afirmou Adriana. “A questão é que não fomos os únicos. Havia outras pessoas aguardando, inclusive em estado delicado. Até quando pacientes serão tratados como ‘só mais um’?”, desabafou.
Além da queixa relacionada ao P.A. Central, Adriana também criticou a demora nos exames agendados pelo Centro de Especialidades Médicas (CEM). Segundo ela, uma simples coleta de sangue está marcada para junho, e o exame de ultrassom da carótida segue sem previsão. “Isso mostra como é difícil o acesso à saúde pública de qualidade em Arujá”, completou.
Posicionamento da Prefeitura
Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde de Arujá afirmou que a Maternidade Municipal Dalila Ferreira Barbosa, onde funciona parte da estrutura de saúde da cidade, possui gerador para áreas essenciais, como vacinas, medicamentos e o centro cirúrgico. Sobre o incidente relatado, a pasta classificou a queda de energia como caso pontual e informou que o gerador foi utilizado normalmente nas áreas prioritárias.
A respeito da demora no atendimento no P.A., a secretaria ressaltou que todos os pacientes são acolhidos e que, em casos identificados como emergência médica, os profissionais são instruídos a agir imediatamente, inclusive com encaminhamento à Siresp (antiga Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde – CROSS), caso seja necessária transferência para hospital de referência.
Quanto à crítica sobre a demora na realização de exames pelo CEM, a pasta informou que os prazos seguem um cronograma baseado na demanda da rede e que os resultados dependem do tipo de exame e do tempo necessário para análise, semelhante ao que ocorre em redes públicas e privadas.